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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Desandanças


Caminhando em via qualquer
Passa rua, passa carro, passa praça
Passa o dia, a hora, passa o tempo
Passa, vida em passa-tempos
E por mim vem passando o vento


Vou seguindo no caminho que pasto
Vou passando como o tempo passa
Vou como quem não vê a passagem do mundo
Passos leves, passo a passo sempre lento!
Vou passando e por mim passa o vento


Passando como quem não quer a vida
No degringolar constante das horas
Vou sozinho, mas passo com o tempo
De abalada ao encontro de minha hora
E por mim vem passando o vento


Nunca, jamais sozinho
Vai canção, vai asfalto, pensamento
Vão problemas, vai dúvida, vai à vida
Vai encanto, desencanto, vai intento
E por mim passa frio o vento


A poeira a mim se arremete
Vai pro sul velha bruxa do leste
Passa governo, passa bomba, movimento
Divagando a vagar devagar, sempre em tempo
E por mim vai sopro do vento


Desandando de tanto andar
Até encontrar de retorno o momento
A sentir da vida o que há de contento
Cabeça erguida, sempre a caminhar
Por mim mesmo e então contra o vento 
Texto: Stones Photo: Desconhecido

8 comentários:

  1. Quando ao texto: Adoro poesia, principalmente as que apresentam alma, pensamentos próprios e não pura técnica, técnica é segundo plano (ao meu ver). Quanto ao tema do poema: Coisa gostosa, gostoso de ler, de pensar com o poema e sentir com o poema... esse passar é tão presente, tão real... para todos! Miss Anonymus

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  2. Novo post! O blog não morreu! =)

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  3. Atualizar/Postar é preciso!

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  4. Assim não dá, o ano virou e o blog ainda não atualizou.

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